sexta-feira, 5 de setembro de 2008


Resenha do Filme : Tempos Modernos de Charles Chaplin (1936).

O filme se passa no inicio do século XX, época da Revolução Industrial, quando a elevação do consumo de massa aumentou o número de trabalhadores nas fábricas.
A uma passagem onde cada operário realizava uma única tarefa varias vezes. Logo acontece o invento da máquina, que permitia o operário Carlitos (Personagem principal) executar uma função e comia ao mesmo tempo. Em conseqüência disso pega uma doença e é afastado do cargo.
Logo após se recuperar, retorna ao mercado de trabalho, mas não pode ocupar seu posto antigo, pois, nesse momento a cidade se encontrava mergulhada na crise de 1929 e as fábricas estavam fechadas. Então vai a procurar de outros empregos, acaba ficando desesperado, pois como na industria as tarefas eram especializadas, e ele só sabia exercer a sua função.
Seu trabalho é tão mecânico, tão impassível de questionamento ou criatividade, que o trabalhador torna-se uma simples máquina, incapaz de discernir, incapaz de pensar.
No seu primeiro novo emprego, o ex – operário se depara com o desafio de encontrar um pedaço de madeira em formato padrão. Parecia ser tão fácil, mas como de costume realizou apenas de acordo com a ordem recebida sem utilizar o raciocínio.
Em outro momento consegue um emprego de vigia em uma loja, onde na primeira noite ele e a mulher aproveitaram para comer e se divertir.
As últimas cenas do filme possuem um caráter otimista surpreendente. Após tantos dissabores, o personagem acaba conseguindo um emprego como cantor em um clube noturno. Com sua performance, ele encanta a platéia, e é ovacionado. Aqui, Chaplin mostra o quanto à noção de trabalho foi distorcida pela lógica industrial. O trabalho deve ser criativo, gratificante, prazeroso como é o número de canto do personagem, em contraponto ao trabalho mortificante, tedioso e alienante da fábrica.É interessante notarmos que as mesmas críticas feitas por Chaplin à sociedade de sua época, poderiam ser feitas à sociedade do século XXI.

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